CONDICIÓN SUBJETIVA DE LOS DÍAS DOMINGO Y DRUMMOND DE ANDRADE

POEMA QUE PASÓ
Ningún deseo este domingo
ningún problema en esta vida
el mundo se paró de repente
los hombres quedaran callados
domingo sin fin ni comienzo.
La mano que escribe este poema
no sabe que está escribiendo
más es posible que si supiese
no lo dijese.
Hoje considerava a condição subjetiva dos dias domingos. De tudo se poderia dizer até estadisticamente (suicídios, visitantes dos parques e lonjas, etc.) falando de aqueles dias que por alguma razão do azar são soleados. Para mim são dias sem ritmo, mais necessários. Decidi então caminhar um pouco a "cidade" e passar a noite de domingo próxima dos humanos (é bom aclarar que não quero dizer que meu gato Onetti não é boa companhia). Nada novo embaixo do sol, o melhor, embaixo da luna. Na minha mente, saudades, as de tudos os dias, mais elevadas á n potencia. Ao chegar pelo Café Makú, no centro da "cidade", lei um livrinho que Leonardo me regalo de Carlos Drummond de Andrade cuidado religiosamente (falando de domingos). Nele me encontrei o seguinte texto que desejo compartilhar com meus muitos e numerosos leitores (nesta época acho só eu me leio):
POEMA QUE ACONTECEU
Nenhum desejo neste domingo
nenhum problema nesta vida
o mundo parou de repente
os homens ficaram calados
domingo sem fim nem começo.
A mão que escreve este poema
não sabe que está escrevendo
mas é possível que se soubesse
nem ligasse.
A mão que escreve este poema
não sabe que está escrevendo
mas é possível que se soubesse
nem ligasse.
3 comentários:
Siempre he disfrutado mucho de la buena poesía. Incluso trato de obtener pasajes baratos a sitios donde hay excelente poetas y por eso constantemente estoy tratando de encontrar a excelentes escritores
Muito legal
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